terça-feira, 13 de março de 2012

pobre RICA Gestão Pública, tão burocrática


Com a atual greve dos rodoviários em Belo Horizonte, já era de esperar que o pato sobrasse para o trabalhador mineiro. Àquele mesmo que sai às 5 da manhã, da RMBH, para atravessar a cidade e conseguir chegar às 7h na casa de seu patrão. Sem falar sobre o agravamento do trânsito, que já é caótico nos dias “normais”.

O assunto delicado aqui não é a falta de planejamento urbano. Levar esse assunto em pauta já virou clichê. Tudo bem, que para colocar a cidade em ordem é necessário muita verba, e verba que nunca aparece, ou sobra(?).

Enfim, já que o planejamento urbano por envlver dinheiro tem sido uma questão burocrática, porque não levar os reflexos dessa greve para o lado da gestão? Neste caso, o dinheiro não é assim, tão relevante. Aqui, necessitam-se de cabeças que enxergam o ponto negro do problema, e trazem uma solução, ou, pelo menos, um refrigério para um atual problema, no caso, a greve.

Não se sabe quando esta greve irá chegar ao seu tão sonhado fim, ok. Mas, órgãos que estão ligados, seja indiretamente, à gestão de uma cidade, devem como meta mínima de seus encargos, tomar estratégias de urgências quando uma cidade inteira está em caos.

Durante uma greve de rodoviários, a autorização do tráfego de veículos pelos BRT, popularmente, corredores centrais, seria uma pequena mostra de que algo é feito pelo cidadão. A cidade inteira em colapso, e o que temos? Notificação às concessionárias por parte da BHTrans, ou, ainda o Setra-MG chiando por causa de pontos ilegais da greve. E mesmo sem precisar de dinheiro para uma gestão o mínimo decente, o que reina é o jogo burocrático. 

quinta-feira, 1 de março de 2012

Pecado Urbano


...para perdoar aqueles que SUJAM A CIDADE.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Trágica experiência, inexistente



Uma vez, C.S. Lewis disse que a experiência é uma ilusão. Quem é C.S. Lewis? Agora não vem ao caso. Mas, uma coisa não podemos ignorar. Muitos têm um conceito quase que imutável de que um novo desafio é a garantia da posse de uma experiência. Quem garante que uma nova situação é sinônimo de crescimento intelectual, profissional, ou, pessoal?

Quando a experiência quer entrar, ela confronta seu caráter. Seu modo de pensar e de se posicionar perante as circunstâncias da vida. Você passa a ter dois caminhos, o da mudança e o da permanência. Não digo que a experiência é algo da qual devamos nos submeter. A experiência é para ser vivida, e aprendida. “Não se aprende sem ter vivido”, diz um ditado popular, praticamente um jargão. Mas, também não se aprende sem aceitar ser corrigido e modificado por aquela nova experiência. A capacidade de adquirir uma nova experiência não quer dizer que você tenha passado apenas por uma nova situação, ou, desafios, mas, tenha se deixado moldar por uma atmosfera que nunca tivera contato antes.

A partir do momento que você adquire a experiência, ela já na é mais uma experiência, pois, já é algo do seu ser. Assim, procuremos buscar sempre, novas ilusões, pois com essas temos a oportunidade de reconstruir, recomeçar, soltar e ajustar.  

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A cidade de Belo Horizonte tem sido palco para manifestações artísticas com ráízes em diversos países. Sem querer fazer restrições, mas diversas das comunidades africanas (em destaque para os Arturos na resgião de Contagem) instaladas na capital mineira têm ditado cardápios de restaurantes, músicas e estrutura de teatros refletidos em eventos culturais de Belo Horizonte.


Essa matéria foi um trabalho de faculdade (para conferí-la na íntegra clique em http://issuu.com/lince_cpj/docs/jornal_lince_abril_2011) que fiz no último semestre com minha colega de classe Miriam Gonçalves. Gil Amancio é um músico que aprecia a cultura africana e que dedica a maior parte de seu tempo em estudá-la. Sem sua colaboração, essa matéria não faria sentido.

Comunidades africanas mantêm suas tradições
Em Belo Horizonte, descendentes da África preservam sua cultura e fazem da cidade palco de suas manifestações



Pela sua diversificada posteridade, o Brasil é considerado um país de população miscigenada. É campo onde desde sua fundação, comunidades de diversas etnias buscam reafirmar o valor de suas raízes. Dentre esses distintos grupos, podem-se destacar os afro-descendentes, hoje, inseridos cada vez mais nos grandes centros urbanos, ganham espaço numa sociedade que insiste em resistir à cultura que a originou.
Pode-se entender por comunidades africanas os diversos grupos que se manifestam com a simples intenção de reiterar seus costumes, dentro de sua arte, política, música, religião e educação. Dentre essas comunidades, estão os terreiros de candomblé, os grupos de capoeira, o Congado, as escolas de samba e os quilombos. “A comunidade é uma forma que os afro-descendentes têm para conhecer sua história”, diz o mineiro Gil Amancio.
Ele é pesquisador da cultura africana desde quando foi convidado a participar de projetos culturais da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH). A partir de então, Gil percebeu estreitos laços que o ligavam desde a infância aos costumes africanos — “As cores, roupas, os movimentos corporais e as tonalizações de vozes dos afros tinham extrema semelhança com danças que desde criança minha mãe me ensinava”, lembra.
Gil Amancio também é percussionista, ator, professor de som e imagem do curso de Música no Palácio das Artes e já ganhou os prêmios Tim 2008 de Música e Rival 2008 Petrobrás. Mas hoje, seu foco é na produção musical para apresentações que envolvem novas tecnologias ao narrar mitos africanos — “Quando se pensam na África, logo visualizam primitivos pintados e descalços”.
Belo Horizonte é uma das cidades brasileiras onde diversas comunidades africanas vivem e repassam tradições aos seus descendentes e moradores locais. Gil explica que os africanos são portadores de distinta filosofia e conhecimento daqueles transmitidos e ensinados pelos europeus e norte-americanos. “Por isso, a proximidade que temos dessas comunidades, serve para abrir o leque de soluções aos atuais problemas sociais, políticos e econômicos”, esclarece Amancio.
Na capital mineira há diversos lugares como restaurantes, centros de educação e festivais que abrem espaço para que a cultura africana possa se manifestar. Um exemplo é o Centro Cultural Casa África (CCCA), localizado no bairro Funcionários, próximo a região central de Belo Horizonte. Fundado pelo senegalês Ibrahyma Gaye, o CCCA tem como um de seus principais objetivos propagar maior interação entre os negros do Brasil e da África por meio de palestras, espetáculos, exposições e culinária oferecida no local.

Forte tradição

A cidade de Contagem, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte é residência para outro grupo de afro-decendentes, os Arturos. Os integrantes dessa comunidade são descendentes de Arthur Camilo Silvério, filho de escravos e nascido após a Lei do Ventre Livre ter sido promulgada. Essa comunidade é reconhecida pelos fortes costumes que ainda preservam e pela extensa área em que vivem.
Muitos dos desses afro-descendentes ainda sobrevivem pelas próprias atividades agrárias. A comunidade dos Arturos é um dos maiores pontos para o turismo da cidade. Todos os anos os Arturos realizam suas tradicionais festividades como, por exemplo, os Congados, a festa de Nossa Senhora do Rosário e a Folia dos Reis. Os Arturos são a prova de que nem a distância e nem o tempo são obstáculos para desligá-los de sua cultura.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A cada dia, as mulheres têm ocupado mais lugares nas empresas e conquistados posições de alta chefia. Na sociedade moderna, o preconceito contra a mulher parece ser tema inexistente. Mas se observarmos em nosso dia-a-dia, ainda existem muitas evidências que apontam o contrário. Por exemplo, na pesquisa realizada no último dia 2 de março pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diees), elas ainda continuam ganhando menos que os homens.

Maria Judith Souza, 34, é mãe solteira. Há sete anos ela trabalha como cobradora de transporte público em Belo Horizonte, Minas Gerais e se diz inconformada com o que sente na pele todos os dias. Leia abaixo a entrevista que ela me cocedeu em dezembro do ano passado:


Cobradora declara em entrevista que não é bem-aceita em seu trabalho



Sabrina Assumpção


S: Cobradora. De onde você tirou a ideia de exercer esse ofício?
M: Da minha família. Todos em minha casa trabalham com isso, inclusive as mulheres.

S: Você acha que o preconceito contra a mulher ainda existe?
M: Lógico. Sinto isso todos os dias!

S: Você poderia relacionar o preconceito com o trabalho que você exerce?
M: Sou trocadora. Se eu não trabalhasse aqui, provavelmente um homem estaria ocupando o meu lugar. Se não fosse por causa das mulheres, não haveria homem pra trabalhar, não é? Muita gente ainda não entende que mulher pode ocupar qualquer cargo. Eu até quero ser motorista!

S: Motorista? Não acha ser um grande desafio pra quem ainda sofre preconceitos pelo que já faz?
M: Acho que o preconceito sempre existirá. Se eu for parar por causa disso, não vou chegar onde quero.

S: Para terminar, o que você acha o pior disso tudo?
M: As leis. Elas não ajudam em nada a mulher que trabalha. No meu trabalho, eles evitam empregar mulher por causa do período de gravidez. O funcionário parado, não dá lucro pra ninguém, "num" é mesmo?

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Em um trabalho da faculdade, tive a oportunidade de ouvir Helena Barone. Ela é uma jornalista que ama inventar e reformar.


A Transição Profissional de Helena Barone


A jornalista que ama reinventar não mostra receios com relação a extremas mudanças em sua carreira profissional

Sabrina Assumpção

“Quando agente acha que sabe tudo, na verdade, não sabemos nada”. A frase anterior foi dita por Helena Barone. Jornalista há mais de 10 anos, ela se mostra uma mulher autêntica, e principalmente sem medo de mudanças. Procurando sempre se renovar, Helena já fez praticamente, quase de tudo na vida. Chegou a vender cachorro-quente, trabalhar em fábrica de laticínios e ganhou muito dinheiro digitando. Tudo, mesmo sabendo desde época de escola que sua maior vocação era para o mundo jornalístico.

Sempre com bom ânimo e a procura de sua independência, Helena mostra a ausência de medo ao falar como sempre se arriscou ao transitar para novas atividades – “Não se pode perder a oportunidade de sempre mostrar serviço”. Ela veio de uma família com oito irmãos, por isso, exerceu tantos ofícios. Helena, trabalhou por quase 12 anos como editora de jornalismo na TV Alterosa. Até com cargo tão confortável para muitos, ela procurou estar sempre se renovando – “Hoje em dia, dá para fazer de tudo, inventar mil coisas”.

Sua vida particular também esteve em constante mutação. Helena é casada e tem uma filha de quatro anos. Ela estava insatisfeita com o tumulto e correria em sua vida por causa de sua carreira jornalística. Com conselhos de seu marido, Helena conseguiu enxergar que mudanças haviam de ser feitas, pois, o desgasto em sua vida pessoal estava cada dia aumentando. Mais uma vez, Helena optou por mudanças em sua carreira como, por exemplo, a criação do programa Vrum na TV Alterosa, do qual passou a ter mais tempo livre nos finais de semana.

Após ter tomado uma de suas decisões mais difíceis na vida: deixar de trabalhar na TV Alterosa. Na época em que estava grávida Helena Barone se dedicou a estudar para um concurso público e assumir um trabalho que nunca havia feito antes na Assembleia Legislativa. Depois de ter passado no concurso, hoje, Helena não esconde a satisfação que tem ao ter optado por tantas mutações profissionais – “Voltei a sonhar, às vezes sonho em voltar atrás para reinventar algo novo num espaço novo”.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Você sabia que no Shopping Del Rey, em Belo Horizonte, tem uma capela? Pois é, fui com meu amigo Diogo Leão para conferir de perto e descobrimos que o shopping é o único da América Latina que tem uma capela em seu interior. Olha só!


Compras, lazer e fé

Um shopping center que uma capela

Diogo Leão e Sabrina Assumpção

Correria para alcançar novas promoções. Lojas e mais lojas. Espaços vazios prontos para receber novos enfeites. Este é o clima pré-natal. Um local também ideal para marcar encontros, rever amigos e paquerar. No Shopping Del Rey, também é possível encontrar cinema, serviços de lazer como jogos e até mesmo salão de beleza. Enfim, um lugar bem diversificado. Frequentado por diversas classes de pessoas que procuram os mais diversos serviços, na maioria, relacionados ao comércio e ao entretenimento.

Mas, no primeiro andar de um de seus incontáveis corredores que podemos encontrar a Capela São Judas Tadeu. No meio de tanta correria, dentro da capela cerca de 30 pessoas participam da missa celebrada pelo Pe. Valdemir Sérgio da Silva, capelão.

“Às vezes no corre-corre com a família e as diversas atividades, as pessoas não tem nem tempo para irem à igreja. Levando também em consideração que muitas vezes as igrejas estão fechadas. Sendo assim, a capela aqui”, explica o Pe. Valdemir. “O falecido dono do Shopping, Arthur Sendas, perguntou para a sua amiga, Maria Ângela Nicolleti, fundadora da Comunidade de Evangelização Nova Aliança, o que ela gostaria de fazer por parte dela no Shopping. A resposta foi uma capela”. Conta a coordenadora da capela Isa Maria Pereira.

“Visito a capela todos os dias em horário de almoço. É muito bom que tenha uma capela em meu local de trabalho. Muito bom, já que, shopping é um lugar que presume o consumo, porém ali também há pessoas que param para orar”, fala o vendedor André Silva. Diferentemente de outros visitantes, a zeladora Maria Tereza mora nas proximidades do shopping, e há nove anos frequenta a capela – “é fantástico! A pessoa vem para distrair e distrai com Jesus”.

Na opinião dos jovens Carlos Alberto, 21 anos e Isabelle Gonçalves, 19 anos, “O Shopping é lugar de descontração, não passa pela cabeça de uma pessoa que exista um lugar como esses por aqui”, se referindo a capela. “Pessoas saem de casa e vem para cá para se divertirem”, continuam. Já Marcelo Freitas, 34 anos, afirma – “não é interessante. Capela não é o tipo de serviço que combine com um shopping”.

No dia 28 de outubro, às 20h, será celebrada uma missa em comemoração pelos 19 anos do Shopping Del Rey, em homenagem ao padroeiro São Judas Tadeu. A celebração eucarística será presidida pelo Padre Júlio César, concelebrada com o Pe. Valdemir.

A capela está aberta de segunda à sexta, das 10 à 19 h e nos sábados até às 17 h. Nas sextas-feiras e nos dias 28 de cada mês tem missa às 18 h. Nas quintas-feiras tem exposição do Santíssimo Sacramento. Cada dia, 9 zeladoras se turnam na capela, tanto para zelar pelo lugar quanto para atender as pessoas que ali entram. Toda a organização está a cargo da Comunidade de Evangelização Nova Aliança e a manutenção a cargo da própria administração do Shopping.